quarta-feira, 17 de novembro de 2010

mortes no trânsito: um fato incorporado à cultura do país.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que a morte por homicídio e acidente de trânsito vêm crescendo nas últimas décadas.
De acordo com o estudo, 76.730 brasileiros foram assassinados ou morreram em acidentes de trânsito em 2005, último ano de atualização dessas taxas pelo Ministério da Saúde. Deste total, cerca de 40% dos mortos tinham entre 20 e 29 anos.
Ou seja, Jovens que, talvez, seriam os promissores desse país, que aumentariam a perspectiva de vida do brasileiro, simplesmente, perdem suas vidas com banalidades: atropelamentos, homicídos, suicídios e entre outros fatos que, infelizmente, viraram corriqueiros. Exemplo disso, um caso muito recente do jovem Rafael Mascarenhas, de 18 anos, filho da atriz da TV Globo Cissa Guimarães, morreu atropelado numa terça-feira do dia 20 de julho deste ano, já que andava de skate num túnel interditado na zona sul do Rio de Janeiro.

O vídeo abaixo de Luiz Carlos Prates que é um jornalista, radialista e psicólogo brasileiro relata a indignação de acidentes triviais no trânsito. E fala sem medo, mas com vergonha dessa nova má cultura que o Brasil está incorporando a cada dia mais.




Sou voluntária da "Fundação Thiago de Moraes Gonzaga responsável pelo Programa VIDA URGENTE e tem como missão mobilizar a sociedade para uma mudança de cultura, através de ações educativas e culturais, com o objetivo de valorizar e preservar a VIDA."

Thiago nasceu em um domingo, Dia das Mães e havia completado 18 anos uma semana antes da madrugada fria de 20 de maio de 1995, quando o carro em que estava de carona, chocou-se contra um container colocado irregularmente na rua, em Porto Alegre (RS).

A manifestação de Diza, mãe de Thiago e presidente da Fundação, resume o objetivo da entidade: “O que aconteceu comigo e com o Régis, enquanto pais, não é nenhuma novidade. Isso está acontecendo diariamente, e temos lido e ouvido muitos relatos sobres estas perdas. Mas apesar de sentir que esta dor não diminuirá nunca, e que só vamos aprender a conviver com ela, acho que a morte do meu lindo Thiago não pode ser apenas mais uma. Isso é vaidade? Não sei. O que sei é que preciso fazer algo, deixar algo para que essa perda produza ganhos, pois admitir que apenas acabou, não consigo. O Programa VIDA URGENTE não salvará o mundo, sabemos, mas se apenas um jovem com acesso a campanha deixar de se sentir babaca por agir com bom senso na direção de um carro ou mudar seu comportamento a partir da reflexão que propomos, já teremos alcançado nosso objetivo.”

Tem parceria com o DETRAN (DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO) e conta com mais de 500 voluntários aqui em Vitória-ES.



interessados:
http://wp.kzuka.com.br/diariodavida/
http://www.vidaurgente.org.br

Sinceramente, sou jovem, tenho minhas perspectivas de futuro, posso até ser taxada de romântica, mas acredito que a nossa cultura irá melhorar (não sei se estarei viva até lá), que um dia abrirão os olhos para o que temos ao nosso redor e não apenas achar que todas as qualidades dos países vizinhos são as melhores.
Acho que deveríamos não investir mais em indústrias de base, contudo, nas escola de ensino fundamental básico ( o próprio nome diz: ensino FUNDAMENTAL). Isso iria ajudar muito na questão cultural, que o Sr. Luiz Prates abordou, a cidadania iria ser realmente exercida no trânsito, que seja em apenas pequenos manifestos, por exemplo, parar na faixa de pedestre para o passante atravessar sem perigo, ou andar com baixa velocidade perto de escolas respeitando crianças que passam por perto, ou ajudar algum deficiente atravessar a rua, e outras simples coisas que um indivíduo poderia muito bem fazer se tivesse essa bagagem cultural na prática diária.
O que a mãe do Thiago fez é o que várias mães desse Brasil queriam ter feito, mas não tiveram motivação ou vontade de fazer. Foi a partir da manifestação de uma pessoa que mudou a cabeça de várias outras pessoas. É assim que um conceito poderá mudar, que seja aos poucos, a triste realidade de um país que não deveria vivenciar esses fatos.

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